segunda-feira, 9 de março de 2009

Fazendo nossa história




O Passarinhos do Cerrado nasceu em uma noite quente de Goiânia. Naquele dia, não tínhamos idéia no que este trabalho ia se transformar. Èramos seis meninas, e nosso Rodrigo Kaverna tomava a frente. "Vamos fazer ciranda e cantigas de roda." Embora ninguém soubesse como as coisas iam acontecer, todos mergulhamos de cabeça nesta idéia tão simples, tão lúdica e como fomos descobrir mais tarde, tão bela.

E nessas idas e vindas, perdas e ganhos, e deixando muitas "baixas" pelo caminho, já se passaram três anos. O Passarinhos cresceu,
tomou forma e começou a dizer a que veio. Nesta viagem, nos apaixonamos pelos ritmos puramente brasileiros, aqueles que fazem parte de cada um de nós, não importa nossa criação, classe social, cor da pele ou religião. Tomamos doses cavalares de emboladas, maracatus, côcos, cirandas, maculelês e afins.

Nos apresentávamos em praças, ruas ou qualquer outro lugar em que nos dessem espaço (mas nem sempre tínhamos atenção), dançando e cantando ciranda e cantigas de roda ao som da Alfaia e do Ganzá. Mais tarde, o trabalho cresceu de um jeito que não houve como impedir: Apaixonados pelo côco, ritmo nordestino tão nosso, iniciamos um trabalho de palco cantando canções de grupos como Côco Raiz de Arcoverde, Cila do Côco e seus pupilos, Pandeiro do Mestre, D. Selma do Côco, e outros que tanto nos inspirararam e ainda nos inspiram.

Tudo foi acontecendo tão naturalmente, que logo estávamos cantando e tocando músicas nossas. "Côco em Goiás?!" Podem acreditar, isso existe. Apresentando: Rodrigo Kaverna na zabumba, alfaia, bombinho e voz; Bruna Junqueira no pandeiro, triângulo, ganzá, e voz; Nádia Junqueira na alfaia, triângulo , ganzá e voz; Cléber Reizinho na cuíca, pandeiro e atabaque; Mariana Nascimento no ganzá, triângulo e voz, Iúna nas matracas e voz.

O trabalho de ciranda e cantigas ainda continua (Como parar? Impossível...) E hoje Passarinhos do Cerrado tem dois lados, pois assim esperamos que mais pessoas façam parte dele. Cada pessoa que nos assistiu, aplaudindo ou não, faz parte deste trabalho, pois sem isso jamais teríamos chegado até aqui. E ainda queremos chegar tão longe!

São muitas histórias pra contar... A isto se destina este blog: Contar a quem possa interessar, a trajetória de um grupo, e de um trabalho feito com uma paixão sem fim...
Fazer todo mundo dançar côco e cirandar... Isso vale á pena!

Mariana Nascimento